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E agora, o que fazer? A) Mestrado. B) Nada. C) Trabalhar para uma grande empresa.
2009-12-17T15:21:35.000Z
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E agora, o que fazer? A) Mestrado. B) Nada. C) Trabalhar para uma grande empresa.
2009-12-17T15:21:35.000Z
Idéias geniais só tem quem é gênio. E a modéstia nem precisa ficar a parte, porque não tenho: sou um gênio. Minha genialidade é tamanha que resolvi vender pedra. Pensei comigo, vou encontrar um jeito de empurrar isso para a galera comprar, como tenho idéias fodas de Marketing e sou formado em Administração de empresas pela UNISCNA vou conseguir fazer com que as pessoas comprem algo que não vai melhorar a vida delas em nada. Precisava de um fornecedor. Visitei algumas pedreiras nas proximidades da cidade em que tenho residência. Em todas analisava o histórico da empresa, observava como os funcionários estavam vestidos, os termos que todos proferiam, a documentação, se tinha ou não iniciativa de aumentar a capacidade instalada e principalmente: a biografia do Presidente. Fiz uma tabela no Microsoft Excel na qual listei para cada empresa as características que observei, imprimi em várias folhas e grudei elas no meu quadro negro no qual fazia anotações e simulações da logística. Resolvi que precisava antes de tudo escolher os parceiros de negócios, somente então teria capacidade de escolher o melhor fornecedor. Escolhi os parceiros que melhor se encaixavam nas minhas necessidades de embalagem, distribuição e segurança. Além disso contratei uma acessoria jurídica. Com quase tudo definido escolhi os locais dos primeiros PDV\’s e negociei o aluguel dos mesmos através do pessoal do jurídico. Assim eu já estava habilitado a escolher o fornecedor, abaixo listo os stakeholders: FORNECEDOR: Quality&Best Serviços Terceirizados LTDA Contato: Pablo Escobar Julian EMBALAGEM: Rodriguinho, Miúdo e Valdilesca. SEGURANÇA: Cotoco, Flavio Capeta, Jurandir, Zão e Bininho. ACESSORIA JURÍDICA: Rolandro Silva, na PM. Doutor Roberto, na CIVIL. DISTRIBUIÇÃO: Lulinha (aviãozinho); Rafinha (aviãozinho); Quitinho (aviãozinho). Ficarei milionário! __ foto: aeu04.
2009-07-25T17:06:26.000Z
Bem na horinha que entrei no elevador tive uma iluminação: sou eu quem está fazendo um favor, ao escrever no novo-MUNDO, e não os leitores, em seu ato de ler, comentar e acompanhar o blog. A lógica [do petrefiolismo] completa a respeito deste insight é infinitamente mais humilde do que está parecendo. De qualquer modo, este pensamento foi uma repensada a respeito do blog, e acho, mais uma vez, que encontrei um caminho para tornar isso aqui um site melhor para o ecossistema interwebs. Outro pensamento que me ocorreu num destes dias foi a respeito do tempo ocioso e chato, que existe quando se troca uma roupa. Olhando em médio-macro, o tempo não é ocioso porque você terá ao final de um ato, trocado de roupas. Mas se pensar no médio-micro da situação, enquanto você troca a roupa, o tempo se estende por infinito+1. E este tempo é ocioso. Mais um exemplo é o tempo em que passamos dentro do elevador. Você terá subido, ou descido, ao final daquele tempo. Mas no ínterim estará em um infinito de tempo ocioso em que a única utilidade, por mais que você escreva um sms, por mais que você arrume a roupa e o cabelo no espelho, por mais que você risque a parte metálica da porta com a chave, esse tempo do elevador que será infinito e ocioso terá sua única utilidade em ser, invariavelmente, inundado por pensamentos. Pensamentos geram pensamentos. Sinapses e neurônios trabalhando juntos para mais um sistema em looping no universo. Meu professor de Ergonomia da Informação não se restringe a explicar o que é, quais os autores proeminentes e como fazer um trabalho de Ergonomia de Informação. Ele vai além e explica a origem das palavras que pertencem à disciplina, e então conta histórias, conta teorias, e diz que algumas pessoas têm visão atolada (bitolada) (tritolada?) comparando-as com \”colocar em uma sala redonda e mandar cagar no canto\” (também estou tentando entender a relação até hoje), etc. O importante é que no último texto ele falou sobre os neurônios e as sinapses. Eu já tinha ouvido algo sobre o assunto em algum Discovery Channel da vida, mas é sempre bom ser lembrado do quão impressionante é o cérebro. E aquele primeiro pensamento que expliquei no texto, que me ocorreu no elevador, é resultado de toda a minha vida. E mais recente, da leitura de um texto escrito pelo Cardoso sobre o twitter. O twitter quase matou meu blog também. Para fechar, digo que aquele pensamento aconteceu comigo no papel de leitor. Que eu gosto de ler blogs, e que gostaria de ver cada vez mais blogs espetaculares como o Nimias Cosas Mínimas, e tantos outros que pintam por aí. Porque estes blogs afetam os neurônios, e tornam o meu tempo ocioso chato, em ocioso produtivo interessante. __ foto: rucativava.
2009-04-22T16:56:59.000Z
Vou saltar de pára-quedas no domingo. Só falta passar nas avaliações (escrita e simulado) nas quais serão cobrados os conhecimentos relacionados ao básico do esporte. E pela primeira vez em quatro anos eu sinto que novamente minha vida está em minhas mãos.
Estudei a respeito do equipamento, a respeito das checagens antes e durante o salto, as anomalias que podem acontecer e principalmente o procedimento de emergência para a abertura do pára-quedas reserva. Esta atividade colocou-me em uma posição de lucidez impressionante, é como se meu ego estivesse dormindo e apenas o verdadeiro eu estivesse no comando. É como se fosse uma concessão do ego à razão para continuarmos vivos.
Talvez seja isso que eu precise para voltar ao comando, para colocar em prática todos os meus planos, para não fugir dos problemas que aparecem. Para viver responsavelmente e não cometer erros bestas que tem me puxado para baixo.
agosto 27, 2009
Jamais vou saber quais eram os sonhos dele, quais as aspirações, o que o motivava a continuar vivendo e a cultivar seu pomar. Não lembro qual minha idade nos momentos com ele que me marcaram, como no dia em que ele doente estava internado em um hospital de Curitiba. Meus pais e eu viemos de Ponta Grossa para Curitiba para visitá-lo, e como não permitiram minha entrada no hospital fiquei umas três horas para fora aguardando, sentado em uma cadeira na calçada em frente a uma lanchonete. Este foi o dia em que me apaixonei pela capital do Paraná e decidi que era meu sonho vir morar aqui.
Meu avô, de todo que lembro, sempre morou na sua casinha azul em frente ao Mercado do meu tio. Cultivava de tudo um pouco e mantinha a perfeita organização das coisas, alface aqui, tomate alí, árvores podadas, mandioca lá no canto. Sempre tinha cachorros, que o adoravam. Casou-se com uma mulher muitos anos depois que minha avó tinha falecido (antes de eu nascer). Num ponto qualquer do tempo separou-se. Ficou triste. Sofreu com problemas do coração. E num dia morreu.
Era meio dia, no horário de almoço eu e meu pai em casa esperando minha mãe terminar o almoço. Se não me engano foi minha mãe quem atendeu, e com os olhos já lacrimejados passou o telefone para meu pai. Foi um choque, foi um soco na racionalidade com a qual as questões geralmente são tratadas lá em casa, além disso, as ligações ruins são singulares, sempre sabemos pela expressão de quem atende que não se trata de algo bom. Olhei pro meu pai, olhei pra minha mãe, ela falou “Seu vô, Rafael. Seu vô”.
É pela presença que sentimos a falta. Somente o ser humano compreende passado, presente e futuro. É por isso que temos apego às coisas e às pessoas. Meu avô ia frequentemente visitar a loja do meu pai na qual eu trabalhava, e passou a não aparecer mais, a morte em si não causa dor, é a sua consequência que nos deixa vulneráveis.
Saí com meu pai em direção à casa do meu avô, chegamos lá e algumas pessoas estavam aglomeradas próximo da porta. Entramos, e lá estava meu avô caído próximo da porta do banheiro, seu coração parou e o fez ficar alí mesmo. Estava de olhos abertos ainda. Meu tio, o qual não tenho muito contato, estava respirando rápido olhando por todos os cantos e esperando um choro que não lhe vinha. O mesmo aconteceu com meu pai. E eu. Meu pai então se abaixou e puxou as pálpebras do meu avô. A partir daquele momento ele não veria mais nada.
Ele trocava o nome dos personagens de novelas, achava que um personagem estava em duas novelas ao mesmo tempo, e falava sozinho vendo TV. De vez em quando ia lá em casa, e meu pai assava carne no forno, minha mãe fazia purê de batata, arroz, alguma salada e algum outro prato que não recordo agora. Jantávamos, e depois meu pai o levava até sua casa, ele nunca gostou de posar fora de casa, assim como minha avó materna. As pessoas idosas valorizam o lar de uma forma incompreensível para nós jovens.
Queria lembrar de tempos anteriores, queria lembrar do tempo em que eu tinha meus dois vôs.
estefano-sezefredo
Queria lembrar da relação deles, se é que eu tinha percepção suficiente para entender como era a relação deles. Um gordo e um magro, eu ainda quero escrever sobre o Sezefredo Severino, meu outro vô, o qual morreu antes e tenho ainda menos lembranças, como a dos almoços em que ele ia na minha casa sempre tendo meus primos a tira colo. Barulho da panela de pressão, acordo, vou com os olhos semi abertos procurando o colo da minha mãe, e vejo que meu vô está lá, peço a benção e fico por alí.
Estefano Slonik foi o meu vô. E por fotos sei que ele cuidava de uma fazenda, eu era pequeno demais e não lembro. Sei que ele não gostava do Lula, também pudera, meus bisavôs fugiram do comunismo do leste europeu. Qualquer fagulha de comunismo era rapidamente rebatida por ele como o pior dos males.
A morte do meu avô, no momento em que o vi, senti algo indescritível. Hoje entendo o que era, era paz. Paz por saber que ele viveu e morreu, cumpriu o caminho que é determinado para todos. E sinto-me em paz ao lembrar dele, apesar da falta de oportunidade para ouvir e entender mais histórias, é isso que a lembrança do meu vô me trás, é paz.
dezembro 5, 2009
Comentários:
Arrepiei até a alma quando li o título deste post. Li duas vezes.
Muita coisa do que disseste é parecido com o que sinto. Eu escrevi um texto sobre o meu pai, um texto emocionado, e não coloquei no blog, tá lá, não-publicado.
Em um texto que escrevi quando minha vó faleceu, a última palavra foi também “PAZ”, era como um quociente do que a passagem daquela pessoa no mundo e na minha proximidade representava para mim.
Mas sinceramente, eu não acredito que vi este post publicado hoje.
Meu avô faleceu hoje.
Comentário by Anselmo — dezembro 5, 2009 @ 11:36 pm
Passo por sinal vermelho, passo da conta, passo por vocês. E ninguém está nem aí.
Faço o bem, sou amigo, penso. Mas não é importante pra ninguém.
Entre tantas coisas que penso e faço são aquelas erradas que fazem vocês pensarem. Ninguém deixa claro que é certo fazer o certo, e quando caio no errado tentarão ajudar. Porra que falsidade. Porra que egoísmo, meu e teu.
Sabe qual a saída que encontro neste túnel? A mentira, a corrupção e a destruição.
Sinto-me mal por não ter perspectivas.
fevereiro 21, 2009 @ 3:17 am
O novo-MUNDO Party and Tours Organization Bureau recebeu um salve às 6 da manhã de sábado (olha como \”acordo\” cedo) convidando o Slonik para conhecer o Peru (toda piada já foi feita, nem se dê ao esforço de inventar alguma). As 6 da manhã de domingo já estava dentro do avião. Decisão rápida. Há!
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Chegamos em Lima domingo, eu e o Fernando, e procedemos ao aluguel de uma viatura ficticiamente denominada Kia Picanto Genérico (na verdade era um Suziki Alto, mas isso nem é importante). O trânsito de Lima é bizarro. Marcante é ver que os taxistas adoram fazer tunning em seus veículos. Aerofólios amarrados, buzinas personalizadas, canos de escapamento gigantes, enfim, coisa de Need for Speed Inkaground. Quando finalmente conseguimos no entender com a mulherzinha do GPS, ela nos indicou o caminho. Saímos da favelona que tinhamos caído, e seguimos em direção a Miraflores, \”bairro\” turístico e fodão de Lima. Num shopping na beira de um barranco de 60 metros, almoçamos e convidamos o pessoal do Encontro de Blogueiros de Curitiba para um café.
Depois de Lima, Cuzco. Cuzco tem balada todo dia, na segunda-feira fomos a um buraco que estava lotado. Ah, também tem museus, igrejas e sítios arqueológicos, mas essas coisas são chatas demais. Finalmente chegamos a Machu Picchu na terça-feira. Não há como traduzir a beleza daquelas montanhas e o sentimento de \”como estes caras construíram isso aqui?\”. Visite, vale o esforço. Enfim, o abandono deste blog foi causado por esta viagem. Viagem que serviu para adquirir muita coisa. Idéias, experiências, [americanas] amizades, [peruanas] sonhos, milhas, etc. Prometo que vou atualizar o novo-MUNDO bem daquele jeito que você não gosta mas não consegue ficar sem. Senhores, qual nosso próximo destino? [PS: Trouxe uma \”flauta\” para sortear no novo-MUNDO, mas não vou porque gostei de tentar tirar barulho da parada.] [PS2: Esqueci a carteira na esteira do Raio-X no aeroporto internacional de Lima, e então chamaram meu nome no sistema de som. LOL!]
2009-02-19T21:46:09.000Z
Quando ganhei um vídeo game Super Nintendo com o jogo Super Mario World 3 eu tinha por volta de 6 anos de idade, e tinha empenho. Eu passava todas as fases do jogo, jogava várias vezes num mesmo level para encontrar a chave, encontrar novos caminhos, etc.
Hoje eu tenho 21 anos, sei lá onde está o meu velho Super Nintendo, tenho um Wii e um Playstation3. Mal jogo estes dois, me falta vontade. E qual a ligação com o Super Nintendo? Usei esse fato para entender a falta de vontade com a qual tenho me deparado na minha vida. Me finjo de morto para que a vida não venha me chutar, entretanto, a vida parece contrariar o ditado, e dia após dia, chuta este cachorro morto.
Os problemas chegam por todas as vias que permanecem abertas. Qualquer contato com o mundo é um caminho para chegar um e-mail, um telefonema, um cabo quebrado, uma preocupação, uma garota maluca, um carro com problemas, um controle sem baterias, um erro na custódia, um erro no débito do cartão de crédito, um dente quebrado, e a lista poderia se estender por dezenas de linhas.
Vou saltar de paraquedas. Pelo menos é o que já teria feito, por culpa de problema atrás de problema que foram aparecendo acabou não rolando. É estranho, mas tenho esperança neste salto, estou colocando significado nele, nada a ver com medo, e sim com o resto de superstição da minha mente sem fé. Talvez minha vida esteja dependendo de um salto também, um que mude a forma como eu encaro os problemas. Quem sabe assim o marasmo morre e eu boto um murro na cara da vida.
Faz tempo que uma decisão foi tomada em uma curva, talvez agora seja a hora da próxima decisão, e talvez ela aconteça em queda livre.
agosto 22, 2009
Vivi. Por quase cem anos caminhei pela Terra em aventuras nas quais conheci todos os tipos de pessoas, perigos e belezas. Dancei no gelo sob a noite sincera, nadei em lagos paradisíacos, corri em parques de grandes cidades. Usei toda a energia que pude produzir tentando entender como o Mundo se fez Mundo e de que maneira poderia encontrá-lo de verdade para ter uma conversa franca sobre os propósitos de tudo.
Ano após ano o Mundo não se fazia aparecer, e a busca da real verdade se esvaia por entre experiências. Conheci novas pessoas que se tornaram amigos para sempre naquela cidade fria da Europa. Torci com milhares de desconhecidos em uma Copa do Mundo fora do meu país. Me atrevi a conhecer o interior de lugares inóspitos. Pulei de paraquedas. Experimentei todas as frutas e vegetais possíveis. Cultivei árvores quando tive uma casa. Conversei com pessoas sobre filosofia.
Entretanto não tinha atingido o objetivo da minha vida, não sabia de qualquer verdade, até dias antes do final, quando olhando por uma janela num dia claro, o horizonte falou comigo. Um lapso de entendimento presenteou toda a minha existência, tudo valeu a pena. Você viveu por entre a minha terra, viveu com a minha energia, admirou o que criei, fique tranquilo, agora você voltará para mim. Fechei os olhos.
agosto 25, 2008
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[![Fases da Vida]]
Em uma tarde de outono você lembra-se de uma outra tarde lá na sua infância. Você fazendo o que gostava. Por mais que você tente ser racional aquela cena te induz a entender aquele momento como a essência da sua vida. Já uma lembrança de verão traz emoções das quais pareciam mais fortes quando você era jovem. Lembrando um amor, você respira fundo e acredita que viveu da maneira correta, ou por mais que volte no tempo, iria deixar tudo como foi. As flores da primavera tentavam te consolar sobre aquela perda. Não sabe onde, mas um dia você acordou e sua vida não estava mais lá. Alguém roubou o motivo pelo qual seu organismo lutava por mais e mais sentimentos. E nesta fria noite de inverno você, sentado ao lado da própria lápide, pensa se foi capaz de apenas viver. Sabe que não sabe se viveu da maneira certa e já se conformou que não há como saber. As preocupações de diversos gêneros que te atacaram quando vivo, hoje só permeiam as faculdades responsáveis pela lembrança. Você não quer perder toda a sua vida, porque não viveria diferente, porque até onde ainda sabe, a oportunidade foi única.
2007-04-25T09:06:13.000Z